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quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Lenda da Fundação de Roma

Lenda Histórica que relata a fundação de Roma.

Esta lenda é contada pelo poeta Romano Virgílio na sua obra "Eneida".

A história começa com o nascimento de dois irmãos gémeos, Rômulo e Remo, Filhos do Deus Marte com uma mortal descedente de Enéias.

A mãe das 2 crianças era Reia Sílvia, filha de Numitor, governante do Reino de Alba Longa.

Quando Amúlio, irmão do Rei de Alba Longa, ursupou o trono, procurou acabar com os descendentes de seu irmão. O rei usurpador desejou a morte dos filhos de Reia Sílvia. Como ele não teve coragem de assassinar as duas crianças, ordenou que eles fossem colocados numa cesta e atirados ao Rio Tibre.

Rômulo e Remo foram encontrados nas margens do rio por uma loba que os amamentou como se fossem suas crias.

Um pastor chamado Fáustolo avistou e pegou os gémeos e criou-os até à idade adulta. Passados alguns anos, Rômulo e Remo sentiram-se preparados e voltaram a Alba Longa para destronar o rei ursurpador. Eles mataram Amúlio reconduziram o avô Numitor novamente ao trono de Alba Longa.

Com o consentimento do Rei Numitor, Rômulo e Remo em homenagem à loba que os amamentou, fundaram uma cidade no mesmo lugar em que ela os encontrou. A cidade fundada por eles ficou conhecida como Roma que segundo alguns historiadores foi fundada em 753 a.C.

Anos mais tarde Rômulo teria matado Remo pela liderança da cidade e transformou-se no primeiro rei de Roma.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lenda Da Cobra Grande (Brasil)


É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazónico.

Conta a lenda que numa tribo indígena da Amazónia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz duas crianças gémeas que na verdade eram Cobras. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato e uma menina, chamada de Maria.

Para ficar livre dos filhos, a mãe atirou as duas crianças ao rio. Lá no rio eles, como Cobras, se criaram. Honorato era bom mas a sua irmã era muito perversa, prejudicava os outros animais e também as pessoas.

Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas perversidades. Honorato, nas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana, transformando-se num belo rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.

Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra e fazer um ferimento na cabeça até sair sangue, mas ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme monstro.

Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato da maldição. Este deixou de ser cobra d'água para viver na terra com a sua família.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Lenda Da Moura Da ponte De Chaves (Chaves - Vila Real)



Depois da retoma de Chaves pelos Mouros, em 1129, ficou alcaide do castelo um guerreiro que tinha um filho que adorava, de seu nome Abed, e uma sobrinha. Por vontade do alcaide, ambos ficaram noivos. A bela jovem não recusara Abed, pois os mouros poucos eram ali e nenhum lhe despertara paixão.

Uns anos depois, os cristãos do jovem reino de Portugal iniciaram a conquista da região de Chaves, tendo mesmo atacado a cidade. À frente do exército português estavam os cavaleiros Rui e Garcia Lopes, irmãos de D. Afonso Henriques. O alcaide e seu filho encabeçaram a resistência moura e a defesa do castelo. Mas a população da cidade, perante os ataques cristãos, começou a fugir da cidade desesperadamente. Era grande a confusão entre guerreiros e fugitivos. Impassível àquelas correrias, mantinha-se a sobrinha do alcaide. A vida pouco lhe dizia, desde que ficara órfã devido à guerra. Entretanto, o alcaide e o filho lutavam tenazmente, embora sem sucesso.

Numa dessas ocasiões, enquanto apreciava os combates, a moura fixou os olhos num belo jovem guerreiro cristão que ganhava com os seus homens cada vez mais posições no castelo. No mesmo instante, o guerreiro parou a ofensiva. Dirigindo-se a ela, interpelou-a acerca da sua presença ali. O que fazia uma tão bela mulher num triste espectáculo daqueles? Respondeu a jovem que queria perceber a guerra, coisa que o cristão lhe disse ser só para homens que na guerra jogam a vida. Retorquiu a moura que o mesmo faziam as mulheres, dando-lhe o exemplo da sua orfandade devido à guerra. O cristão lamentou o facto e quis saber se ela estava só. Quando a moura respondeu que vivia com o tio, alcaide do castelo, o guerreiro mandou levá-la imediatamente para o seu acampamento. A luta prosseguiu, entretanto.

O castelo acabou por ser tomado e oferecido pelos Lopes a D. Afonso Henriques. Contudo, a jovem moura manteve-se refém dos cristãos que não a trocaram por cativos mouros. Passou a viver com o cavaleiro que a raptara, num ambiente de felicidade.

Abed, conhecedor da situação, nunca lhes perdoou. Depois de restabelecido de um ferimento de guerra, voltou a Chaves, disfarçado de mendigo. E como não conseguisse acercar-se da sua apaixonada, um dia esperou-a na ponte. Pediu-lhe esmola. A jovem estendeu a mão para o pedinte e, nesse momento, algo de fatídico aconteceu. Olhando-a nos olhos, Abed disse-lhe:

- Para sempre ficarás encantada sob o terceiro arco desta ponte. Só o amor dum cavaleiro cristão, não aquele que te levou, poderá salvar-te. Mas esse cavaleiro nunca virá!

Ouviu-se um grito de mulher. A jovem tinha reconhecido Abed. Contudo, como por magia, a moura desapareceu para sempre. Abed fugiu de seguida. Só as damas cristãs que a acompanhavam testemunharam o sucedido.

Desesperado, o guerreiro cristão que com ela vivia tudo fez para a encontrar. Procurou incessantemente na ponte e até pagou para que lhe trouxessem Abed vivo para quebrar o encanto. Mas a moura encantada da ponte de Chaves nunca mais apareceu e o cristão morreu numa profunda dor e saudade, ao fim de alguns anos.

Ora, diz o povo, que certa noite de S. João, cheia de luar, pela ponte passou um cavaleiro cristão. Ouviu, surpreso, murmúrios. Não viu ninguém, mas ouviu uma voz de mulher pedindo ajuda e que lhe disse docemente:

- Estou aqui em baixo, na ponte, sob o terceiro arco.

Estranhou a situação. Procurou sob o dito arco; no entanto, continuava sem ver a moura. Ouviu outra vez a moura que agora lhe dizia estar "encantada" e lhe pedia que descesse e a beijasse para a salvar. Mas o cavaleiro hesitou. Tocou no crucifixo que ao peito trazia e recordou-se dos contos que a mãe que lhe costumava contar sobre as desgraças de cavaleiros entregues aos feitiços de mouras encantadas. Perante estes pensamentos, olhou para o cavalo, montou-o e partiu, jurando nunca mais ali passar à meia-noite.

Assim, a moura da ponte de Chaves ali ficou para sempre encantada. E nas noites de S. João, conta o povo, ouvem-se os seus lamentos como castigo do amor que tivera por um cristão.

Lenda Do Senhor de Matosinhos (Matosinhos)


Segundo a tradição, a imagem do Senhor de Matosinhos é uma das mais antigas de toda a cristandade.

A lenda diz que esta imagem foi esculpida por Nicodemos, que assistiu aos últimos momentos de vida de Jesus, sendo por isso considerada uma cópia fiel do seu rosto. Nicodemos esculpiu mais quatro imagens mas esta é considerada a primeira e a mais perfeita.

A imagem é oca porque nela teria Nicodemos escondido os instrumentos da Paixão e, nesses tempos de perseguição, os objectos sagrados eram escondidos ou atirados ao mar para escaparem à fogueira.

Nicodemos atirou a imagem ao mar Mediterrâneo, na Judeia, e esta foi levada pelas águas, passou o estreito de Gibraltar e veio dar à praia de Matosinhos, perdendo na viagem um braço. A população de Bouças ergueu-lhe um templo e designou a imagem por Nosso Senhor de Bouças, venerando-a durante 50 anos pelos seus muitos milagres.

Mas um dia, andava uma mulher na praia de Matosinhos a apanhar lenha para a sua lareira, quando encontrou um pedaço de madeira que juntou aos restantes. Em casa, lançou-o ao fogo mas este pedaço saltou da lareira não só da primeira, mas como de todas as vezes que ela o tentava queimar. A sua filha, muda de nascença, fazia-lhe gestos desesperados para que dizer qualquer coisa e, por fim, balbuciou, perante o espanto da mãe, que o pedaço de madeira era o braço de Nosso Senhor das Bouças.

Assombrada pelo milagre a população verificou que o braço se ajustava tão bem à imagem que parecia que nunca dela se tinha separado. No século XVI, a imagem foi mudada para uma igreja em Matosinhos, construída em sua honra, ficando a ser conhecida por Nosso Senhor de Matosinhos.

A Lenda De Viana (Viana Do Castelo)



Há muito, muito tempo, na margem direita do rio Lima, erguia-se uma pequena povoação que tinha o nome de Átrio ou Adro. As pessoas que aqui habitavam construíam barcos, fabricavam redes e ensinavam as filhas e as mulheres a consertá-las…


Para além de pescarem no rio também se aventuravam no alto mar, apesar de muitas vezes serem surpreendidos pelo mau tempo, tornando-se difícil vencer a impetuosidade das ondas. De lá traziam carapaus, congros, pescadas, sardinhas, fanecas e muitos outros peixes, com que se alimentavam e vendiam no mercado.


Quando o mar se alterava e não permitia a pesca, tinham o rio. E Aqui pescavam enguias, solhas, trutas, tainhas, lampreias, sáveis e salmões, conforme as épocas.


Para além disso tinham as terras para desbravar, delas colhiam as hortaliças, batatas, cenouras, tomates, frutas e outras tantas coisas, mas não estavam vocacionados para as tarefas desta natureza. A horta era como um recurso de última hora. Preferiam comprar ou trocar por peixe. Dizemos que, naquele tempo, vinham os de Castro e traziam caça; os de Figueiredo e Santa Maria da Vinha (hoje Areosa), carvão e sacos de farinha; os da Meadela e de Darque, legumes, feijão, cebolas, hortaliças, e frutas de vária espécie, bem como carnes de porco, ovo e galináceos. Por altura da Páscoa, desciam da serra da Arga os queijeiros e os vendedores de cabritos, anhos, presuntos e salpicões.


Esta povoação ia crescendo de dia para dia. Novas casas se iam erguendo, principalmente em redor da matriz, onde todos se reuniam, quer nas cerimónias religiosas quer em dias festivos. E era bonita a vista que dali se desfrutava com o rio ao fundo, onde os barcos de vela subiam em direcção à nascente ou desciam em direcção ao mar.


Por essa altura, ali vivia uma linda rapariga que havia sido baptizada com o nome de Ana. Essa linda rapariga, um dia, apaixonou-se por um moço da outra margem, que por sinal era barqueiro.


A paixão destes dois jovens era tal que bem lhes apetecia estarem longas horas juntos. Mas, tal como acontece nos tempos de hoje, nem sempre isso era possível. Por isso, o jovem barqueiro, sempre que encontrava alguém conhecido, perguntava:


- Viste Ana?


E a resposta não se fazia esperar.


- Sim, vi Ana no castelo.


No castelo porque era o local onde ela, juntamente com a sua família, residia.


Assim, e porque se repetia por diversas vezes a força de expressão “Vi Ana”, em breve surgiria o nome VIANA, para designar a terra onde ela habitava.


Segundo a lenda, teria sido assim que surgiu o nome de Viana do Castelo para designar a então Átrio ou Adro.

sábado, 26 de março de 2011

A Lenda Da mulher de branco - EUA


Esta é uma das lendas mais faladas no meio de camionistas e viajantes noturnos. A Mulher de Branco surgiu entre os Anos 50 e 60.

Reza a lenda que a Mulher de Branco é uma mulher loira e apresenta-se com um vestido branco. Ela aparece em locais escuros e sem casas. Pede boleia a quem passa naquela zona, a vítima que resolve parar é levada por ela até à frente de um cemitério. Então ela simplesmente desaparece.

Dias mais tarde, aqueles que deram boleia descobrem, ao ver a foto dela numa lápide e perguntando aos vizinhos que ela tinha morrido, atropelada por um camião, naquela mesma estrada.

Numa outra versão ela pede para o motorista construir uma capela na estrada onde ele a encontrou e ela desaparece. Outra ainda que ela seduz o motorista, e ao tentar beijá-la, ela arrancaria a língua da vítima.