Segundo uma tradição muito antiga, após a dispersão dos apóstolos pelo mundo, São Tiago, Santiago como chamam os espanhóis a Jacob, o filho de Zebedeu e irmão de João o Evangelista, foi pregar as "boas novas" em regiões longínquas, passando algum tempo na Galiza, extremo oeste da Espanha, que os romanos chamaram "Finis Terrae", por ser o extremo mais ocidental do mundo até então conhecido.
Ao retornar à Palestina, no ano 44, foi torturado e decapitado por Herodes Agripa, e seu corpo jogado para fora das muralhas de Jerusalém.
Dois de seus discípulos, Teodoro e Anastácio, recolheram seus restos e os levaram de volta ao ocidente de navio, aportando na antiga cidade de Iria Flávia, a capital da Galiza Romana na costa oeste espanhola, sepultando-o secretamente em um bosque chamado Liberum Donum.
O lugar foi esquecido até que oito séculos depois, um ermitão chamado Pelayo começou a observar um estranho fenómeno que ocorria neste mesmo lugar; uma verdadeira chuva de estrelas caía todas as noites sobre um ponto do bosque, emanando uma luminosidade intensa.
Com base no acontecido, chamou-se o lugar de Campus Stellae, ou Campo de Estrelas de onde derivaria o atual nome de Compostela.
Avisado das luzes místicas, o bispo de Iria Flávia, Teodomiro, ordenou que fossem feitas escavações no local encontrando, assim, uma arca de mármore com os ossos do santo.
A notícia se espalhou e pessoas começaram a deslocar-se – primeiro dos estados cristãos do norte peninsular, depois de toda a Europa – a fim de conhecer o sepulcro, originando assim, o Caminho de Santiago de Compostela.
Sem comentários:
Enviar um comentário